Educação Financeira: Como Desenvolve-la na Infância?

Como seria a sua vida se os seus pais ou os adultos da sua infância tivessem desenvolvido a sua inteligência financeira? Já imaginou quem você seria e o que você teria se desde de criança você soubesse trabalhar com o dinheiro, fazer bons investimentos, bons negócios, fazer o dinheiro trabalhar para você? 

Educação financeira não faz parte da cultura educacional no Brasil e isso é um dos motivos para os dados apontarem um endividamento de 40% da população brasileira, isso significa que mais de 62 milhões de brasileiros possuem alguma restrição de crédito relacionado à uma dívida não quitada.    

Muitos pais ainda não entenderam que mais importante que dar aos filhos o que não receberam é ensinar aos filhos o que não aprenderam na infância. Não é uma questão de sorte, de herança ou destino é sobre saber aproveitar as oportunidades que a vida dá de crescimento. Você consegue olhar para sua história e encontrar nela uma oportunidade que você teve de fazer algo que te tornasse extremamente bem sucedido financeiramente e que por alguma motivo você deixou passar ou não desenvolveu como deveria e fracassou? 

Já pensou em voltar no tempo e dar conselhos para você mesmo?

Quais conselhos sobre finanças você daria a você mesmo se pudesse voltar no tempo em alguma época da sua vida? Voltar no tempo é um desejo comum, todo adulto tem ou já teve essa vontade sabe por quê? Porque voltar no tempo daria oportunidade para refazer os episódios de erro da vida e transformá-los em acertos com base no aprendizado que o erro construiu. Eu gosto muito de um provérbio que diz “o tolo aprende com seus erros e o sábio aprende com o erro do tolo”. Tolo significa aquele que não tem inteligência, e inteligência significa capacidade de compreender e resolver problemas e conflitos, adaptar-se a uma nova situação.   

Ainda tem muita gente que pensa que criança não entende nada, que criança não sabe das coisas, que a criança não percebe o que acontece com os adultos, que o que faz ou deixa de fazer não vai influenciar em nada a vida da criança. É terrível, mas os brasileiros têm um traço cultural de terceirização da educação. Em outras palavras, é da cultura do brasileiro esperar que a escola, a faculdade ou a vida ensine para a criança aquilo que ela não só poderia como deveria ter aprendido em casa. É só fazer uma busca rápida por materiais práticos de desenvolvimento da inteligência financeira para crianças que você vai perceber que há um déficit muito grande, são poucos materiais disponíveis que realmente apontam e ensinam estratégias práticas e eficientes para ensinar a criança a lidar com dinheiro. E a inteligência financeira é uma das coisas mais importantes a serem desenvolvidas e aprendidas porque a vida gira em torno do dinheiro e do poder aquisitivo.

A imaturidade financeira é um dos maiores problemas da vida adulta. Aquilo que deveria ser simples como por exemplo controlar entradas e saídas de dinheiro onde a saída não pode ser maior que a entrada, se torna um desafio gigante, que vira uma bola de neve e revela a inabilidade de resolver problemas e se adaptar a novas situações, ou seja, revela a a ausência da inteligência financeira

PARE DE BOICOTAR SEU FILHO!  Quando você poupa seu filho de um sofrimento natural da vida como por exemplo não ter tudo o que gostaria na hora em que gostaria, você cria para ele um país das maravilhas que não existe. Ele não vai encontrar esse tipo de contexto na vida adulta real, quando você não estiver mais perto. Se a criança precisa da nossa ajuda para aprender a falar, para aprender a se comportar em sociedade, para aprender a construir uma base mínima de vida, porque seria diferente em relação ao dinheiro?  Seu filho precisa saber de onde vem o dinheiro que ele recebe, que ele usa, precisa saber quanto tempo leva para consegui-lo, ele precisa pensar sobre isso e ter as próprias ideias de como obtê-lo e aumentá-lo.

Vida financeira saudável envolve a construção de bons hábitos, a capacidade de lidar e resolver problemas, desenvolver poder pessoal e coletivo, e o mais importante construir identidade e definir propósito. Não é uma coisa fácil e rápida de fazer, é demorado, exige paciência, esforço, persistência e constância. Desenvolver a inteligência financeira da criança é processual, assim como o ensino da matemática, do português de qualquer outro conteúdo que ela vai aprender na educação básica. Sinceramente, é um absurdo finanças não ser um conteúdo da educação básica. 

Aí você pode até me dizer:  “Ah, mas  nem tudo na vida é dinheiro! Não quero que meu filho seja um dinheirista.” Aí eu vou dizer que isso é uma hipocrisia inconsciente porque realmente nem tudo na vida é dinheiro, mas quase tudo na vida depende do dinheiro para ser feito. Entendeu como é importante ter inteligência financeira? Se você ensinar uma motivação positiva, uma forma correta de se obter e um meio lícito e prudente de se gerir não tem porque a criança se tornar um dinheirista. Porém a ausência na vida adulta das habilidades que a inteligência financeira desenvolve pode desencadear problemas maiores que ser um “dinheirista” como por exemplo ser um adulto frustrado e incapaz de lidar com suas frustrações, endividado, com problemas de auto estima ligados aos fracassos, infeliz, descontente e fadado à ruína. Eu duvido que algum pai se sinta bem em ver o filho viver uma vida infrutífera e triste.

Não é sobre o que você tem ou não, sobre os bens que acumulou ou patrimônio financeiro que construiu. Mas sobre as lições que a vida já te ensinou, provavelmente a duras perdas, que podem ser ensinadas de um jeito amável ao seu filho. Basta você se organizar e construir um método para ensina-lo, ou se preferir pode clicar no link e adquirir meu livro Da Mesada ao Milhão, neste livro eu organizei os passos a ser seguido para que você possa ensinar seus filhos a ter um futuro financeiro sólido.

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